quarta-feira, 20 de abril de 2011

A evolução do pensamento administrativo

Introdução




Em analise ampla todos os grande líderes da história foram na verdade administradores. Ao longo do tempo a administração vem evoluindo e se tornando a atividade central do nosso tempo, e as sociedade de qualquer espécie dependem dela para seu desenvolvimento.



A ADMINISTRAÇÃO DAS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS



Ao observarmos civilizações muito antigas, com toda certeza encontraremos nelas resquícios de conceitos e práticas administrativas. Salomão por exemplo, no século X a.C., foi um governador bíblico, elaborou acordos de comércio, modelou tratados de paz.

A grande maioria dos antigos governantes usava para executar seus desejos a força bruta de seus seguidores, conferindo a esses a autoridade necessária para liderar em nome de seu “chefe” e se tornoram: Conselho ou Junta Consultiva dos Chefes. Conquistavam a liderança espiritual ou territorial do povo à medida que sua reputação crescia. Desenvolveram ao longo de sua administração inúmeras regras de conduta, para alcançar seus objetivos.



A Suméria



A Suméria onde alguns dos mais antigos documentos foram encontrados, nos quais se podem observar algumas práticas de controle administrativo, e podem ser reconhecidos como inventários. Os sacerdotes sumérios coletavam e administravam grandes comas de bens e valores e prestavam contas de sua gestão ao sumo sacerdote, o que constitui prática de fiscalização administrativa.

Para esse controle tornou-se necessário o desenvolvimento de um sistema de escrita para registrar e explicar as transações realizadas pelos muitos sacerdotes, dos bens e propriedade da corporação religiosa.



O Egito



No Egito a administração na construção da pirâmide de Quéops equivale atualmente à administração de uma cidade-empresa de 100 mil habitantes, durante 20 anos.

Diante dessa grandeza fica claro que os conceitos administrativos que utilizamos hoje não são frutos do recente século XX, mas de um longo período histórico em que também havia necessidades a serem administradas.

Não se abstendo somente a arquitetura, muitos outros pensamentos administrativos são observados no desenvolvimento egípcio, como por exemplo o livro de Ptah-hotep, editado em 2000 a.C. e que ainda em 1500 a.C. era utilizado na educação, onde ele orienta seu filho na forma de liderar.

Os egípcios demonstraram ainda conhecimento da importância da especialização na organização total do reino, através da promulgação de leis, restringindo o comerciante a se ater ao ramo comercial que recebesse de seus pais.

A Babilônia



Na Babilônia também encontram-se inúmeros exemplos de práticas antigas de administração.

O rei Hamurabi, por exemplo, quando obriga todas as cidades a se unirem para construírem a paz e organização tratam de práticas administrativas. Tais práticas culminaram no conhecido “Cógio de Hamurabi” que vigorou entre 2000 e 1700 a.C. Nesse código vemos alguns exemplos de sua visão administrativa: salário mínimo; controle das atividades e responsabilidade objetiva diante do desempenho das funções.

Outro código a ser citado é o Código Acadiano de Eshnunna, que apresentava controles de preços e penalidade criminais, acredita-se ainda que esse seja anterior ao de Hamurabi em mais de 150 anos.



A China



Na China pode-se observar a Constituição de Chow, criado por volta de 1100 a.C., traz a relação de todos os servidores do Imperador. Descrevia inda os poderes, atribuições e responsabilidades do primeiro-ministro.

Confúcio em 552 a 479 a.C. marcou a história da administração com seus ensinamentos morais e a defesa de méritos para os cargos governamentais, o que influenciou a dinastia Han em 206 a.C. até 220 d.C. que adotou os exames de mérito.

Mencius por volta e 500 a.C. apresentava a necessidade de um sistema de metodologia e de modelos da administração eficaz. Ele acreditava que as leis eram auto-suficientes na administração dos negócios.

Ainda em 500 a.C. a grande e conhecida obra de Sun Tzu, “A arte da guerra” é ao que se sabe o mais antigo tratado militar da história, mantendo-se atual ainda em nossos dias, e é reconhecido como valioso guia por sua visão e direcionamento.

Em 120 a.C. teve inicio por meio do governo chinês a seleção cientifica dos trabalhadores por meio de exames e em 219 d.C. esse sistema foi ampliado, passando a ter 9 graus de classificação.



Grécia



A Grécia conseguiu desenvolver, mesmo com todas as complexidades inerentes, um governo democrático. E em sua civilização foram encontrados os primeiro registros do método cientifico que influenciou a administração de maneira poderosa, o que se percebe através das pesquisas de Frederick W. Taylor , Frank B. Gilbreth, Henri Fayol e outros estudiosos.

No discurso de Sócrates encontram-se as primeiras citações ao principio da universalidade da administração, onde ele analisa a semelhança entre os deveres de um bom homem de negócios e um bom general.



Roma



Em Roma observa-se o controle de cinqüenta milhões de pessoas, contudo a má administração culminou na queda do império.a ciência muito absorveu dos erros e acertos de Roma quanto à organização. O grane segredo era como manter a fidelidade, o pagamento e o controle de impostos no âmbito de um império tão grande e geograficamente tão disperso.

Na delegação de poder, tendo um vista a distância e a necessidade de autonomia local para lidar com as necessidades especifica de cada província, os detentores do poder acabavam se desvinculando de Roma.

Quando em 284 d.C. Diocleciano se torna imperador adota-s um novo sistema de organização. Ele dividiu o império em 101 províncias, que juntas formaram 13 dioceses e quatro grandes divisões geográficas. Nomeou Augusto e César e ainda vigários para cuidar das diocese e governadores para províncias. Estudiosos reconhecem como descentralização a forma de organização romana.



Hebreus



Na civilização Hebréia, o grande líder e administrador Moisés organizou e conduziu o êxodo dos hebreus, libertos da escravidão do Egito, um grande empreendimento administrativo.



AS PRIMEIRAS CONTRIBUIÇÕES MILITARES



Ciro, líder militar e governante grego de a.C. recebeu de seu pai o conselho de não se ater exclusivamente aos ensinamentos recebidos, mas a ser também criador de estratégias. Foi precursor na prática de registrar o estudo dos movimentos, de layout e manipulação de materiais. Conhecia os princípios de comando, ordem, unidade de direção e divisão do trabalho. Terminada a guerra Ciro se concentrou na administração do império.

Observa-se a história militar no que tange a administração pela eficiência no alcance dos objetivos. Para se alcançar êxito na administração é essencial um plano coordenado, o que requer o esforço coletivo e coordenado um pessoal de assessoria administrativa e técnica (Staff).



A Igreja Católica



A igreja católica Romana conhecida como a organização formal mais antiga do mundo também contribuiu para a evolução da administração. Diante da iminente perda de muitos membros para as reformas religiosas, os lideres reconheceram a necessidade de redefinir as diretrizes, tornando tudo bem mais claro aos membros, criando assim uma forte organização realigiosa com uma fonte de poder centralizada na figura do Papa.

Posteriormente foi atingida pela pressão por descentralização que ocasionou a divisão entre as igrejas Ocidental e Ortodoxa em 1054 d.C. e a Reforma Protestante.



A ADMINISTRAÇÃO MEDIEVAL



O Arsenal de Veneza



Veneza que era uma cidade-estado fluorescente e que possuía uma grande frota mercante privada, na iminência de ataques construiu seu próprio estaleiro em 1436. O arsenal no século XVI era a maior instalação industrial do mundo até então. Ele tinha como propósito: fabricar e montar galeras de guerra, armas e equipamentos bélicos; armazenar materiais e equipamentos pelo período necessário e consertar e recarregar navios já construídos. Buscando a redução de custo e a eficiência, desenvolveram e empregaram uma série de técnicas administrativas que ainda estão em uso, como linha de montagem, treinamento de pessoal e sistema de recompensa, padronização, controle contábil e de estoques, custo e armazéns.



O sistema Feudal



De 476 a.C. até meados de 1450, a Europa vivenciou a Idade Média que testemunhou o desenvolvimento do sistema feudal, onde o rei possuía todas as terras, dividindo algumas partes com os nobres, barganhando apoio. Os senhores feudais permitiam que pessoas de classe inferior vivessem e trabalhassem em troca de participação nas colheitas. E em nível inferior, estavam os servos que recebiam proteção e sustento e tinham vinculo hereditário com o senhor.

Por não haver oportunidade de escalada social não havia motivação individual para fazer o sistema funcionar.

O surgimento de novos métodos de gerenciamento agrícola e manufatura de bens acarretaram na queda do feudalismo.



O surgimento do sistema Fabril



Devido à expansão das cidades, surgiu a oportunidade para o desenvolvimento de ofícios e artesãos. Estes podiam trabalhar nas cidades e podiam cobrar por seu serviço exatamente como se faz até hoje.

Conforme cresciam os negócios, passou-se a contratar ajudantes. Quem possuía loja própria e era devidamente habilitada era intitulado mestre de ofício, quem havia concluído o aprendizado mas ainda trabalhava pra outros era denominados jornaleiros e por fim os aprendizes que aprendiam acreditando que poderiam alcançar um dia a posição de mestre de ofício.



Buscando proteção pra si e pra posição alcançadas os mestres organizaram as guildas que eram as associações de mutualidade formada na Idade Média entre as corporações de operários, comerciantes e artesãos.

Alguns anos depois elas começaram a declinar do poder tendo em vista o crescimento do comércio e transporte que começar a atrapalhar o controle das guildas; o inicio do uso da energia e o crescente uso de maquinaria que elevou os custos e o aumento das vagas de emprego que enfraqueceu a tricotomia e levou a criação de novas guildas.



O sistema da Indústria Caseira



O sistema de Indústria caseira surgiu em meados do século XV e sobreviveu até cerca de 1700. Esse sistema é caracterizado pela matéria-prima sendo trabalhada em casas ou cabanas de trabalhadores, pelos membros das famílias com ferramentas manuais. Com as mudanças na manufatura e comercialização muitos artesãos não conseguiam competir com as maiores operações caseiras que atendiam uma área maior.



O sistema fabril



Superando o sistema da indústria caseira em meados do século XVII surgiu o sistema fabril. Diante das expressivas vantagens da produção centralizada em prédios com infra-estrutura, onde tanto a matéria-prima quanto os trabalhadores poderiam ser mais bem observados, os mercadores não hesitaram em investir em fabricas e equipamentos.



A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



A chamada revolução surgiu na Inglaterra a partir do final do século XVIII e marcou o inicio de um grande avanço tecnológico. A justificativa pra essa revolução foi a substituição do trabalho humano pelo maquinário. A energia a vapor reduziu os custos de produção e expandiu o mercado. O mercado expandiu e isso gerou a necessidade de mão de obra, mais maquinas e uma maior produção. A mão de obra foi dividida e cada pessoa se especializava em alguma tarefa. Havia ainda a necessidade de administradores.

O grande índice de analfabetismo era comum à época e, portanto a especialização era feita em grande maioria por instruções orais, demonstrações, tentativas e falhas.

A revolução pode ainda ser divida em três períodos: 1760-1850: período em que a revolução surgiu na Inglaterra; 1850-1900: a revolução se espalha pela Europa, América, Ásia. Cresce a concorrência e as ferrovia se expandem; 1900 até os dias atuais: grande conglomerados industriais e expansão dos meios de comunicação, assim como avanço das industrias.



PIONEIROS DOS ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO



Adam Smith (1723-190), economista clássico, nascido na Escócia, deu grande ênfase à divisão do trabalho e seus respectivos benefícios, sua principal obra “A riqueza das Nações”, lhe traz grande reconhecimento. Também falou sobre controle, quando afirmou que para alguém estar verdadeiramente controlado deve estar subordinado a outro.



Robert Owen (1771-1858), nascido no País de Gales, foi um dos precursores a discutir os problemas humanos na industrialização. Desenvolveu um mecanismo de cores associadas às maquinas e seus operadores, buscando motivar os lentos à melhora e os bons manterem seus desempenhos.



Charles Babbage (1792-1871), nascido em Devonshire, Inglaterra, fundador da pesquisa operacional e da ciência da administração. Criou a primeira calculadora mecânica e pratica do mundo em 1822 e em 1833 começou com a idéia do computador. Clamou pelo reconhecimento dos interesses mútuos entre trabalhadores e patrões, propondo a participação do trabalhador nos lucros das fabricas.



Daniel McCallum (1815-1878), escocês, mas mudou-se para os Estados Unidos em 1822, onde se tornou superintendente-geral da Ferrovia Erie, buscou um esquema de organização para melhorar o desempenho. Tinha como requisitos para uma boa administração: disciplina, descrições especificas e detalhados do emprego, relatórios de desempenho, salário, promoções baseadas em mérito, hierarquia, unidade de comando e organização como um todo. Desenvolveu a administração da informação, usando o telegrafo para fazer suas operações de maneira segura.,



Henry Varnum Poor (1812-1905) defendia a figura de uma administração com estrutura organizacional bem elaborada em que todos fossem responsabilizáveis. Foi um dos maiores contribuintes do pensamento administrativo. Reconheceu o perigo das pessoas se sentirem apenas como engrenagem no sistema e para isso criou uma espécie de liderança.

 
De: Joseph e  Isabella

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